Posted on julho 5, 2022
by Ciranda
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Professores estão vivenciando um comportamento mais sensível dos alunos nos últimos tempos; fato que coloca em alerta toda a comunidade educacional. É o seu caso? Então, veja como lidar com essa realidade e proteger seus estudantes
Temos acompanhado alterações no comportamento dos alunos antes mesmo do retorno presencial. Não à toa, no atual cenário, a saúde mental segue entre as preocupações de professores, estudantes e seus responsáveis.
Isso porque os relatos sobre o aumento de casos de ansiedade, depressão, pânico e outros diagnósticos têm sido frequentes nas salas de aula. Muitas dessas condições estão associadas às mudanças geradas pela pandemia.
Para ajudar a lidar com esses desafios emocionais, trouxemos dados e orientações de especialistas que visam prezar pela saúde mental no ambiente escolar. Siga com a leitura para saber como enfrentar os dilemas da pandemia.
Você sabia que três em cada dez jovens, de 12 a 35 anos, afirmam sentir sintomas de ansiedade? Essa mudança de comportamento, também presente entre alunos e professores, foi revelada em uma pesquisa do Unicef (Fundo nas Nações Unidas para a Infância), divulgada em reportagem do Jornal Nacional.
Outro levantamento em torno do assunto, realizado no ano passado pelo Instituto de Psiquiatria da USP (Universidade de São Paulo), registrou que 26% de crianças e adolescentes brasileiros, na faixa dos 5 a 17 anos, apresentavam sintomas de ansiedade e depressão.
Além disso, segundo a OMS (Organização Mundial da Saúde), uma das consequências da pandemia foi o aumento de mais de 25% dos casos de depressão e ansiedade em todo o mundo, conforme divulgado em matéria do G1.
Fatores como o isolamento social, o medo da morte e da infecção, e até mesmo o luto pela perda de pessoas próximas devido à covid-19 foram alguns dos motivadores dessa “explosão” de diagnósticos relacionados à saúde mental.
A gravidade desses casos tem assustado muitos professores, que constantemente estão vivenciando situações atípicas neste período de volta às aulas presenciais, associadas às mudanças de comportamento. Um exemplo disso foi a crise de ansiedade coletiva em estudantes registrada no Recife, no último mês de abril.
Então, professor, saiba que você não está sozinho nesse desafio. A partir de agora, vamos apresentar dicas para ajudar a lidar com essa condição atual e superar os obstáculos emocionais causados pela pandemia.
O acolhimento seguro e humanizado de alunos é discutido desde o início do retorno presencial, para amenizar os impactos no comportamento de jovens e professores. Afinal, é importante considerar que todos estão passando pela pandemia.
Pensando nisso, a partir de orientações de profissionais da área, trouxemos dicas para você lidar com os desafios emocionais dos alunos no retorno presencial.
Primeiramente, saiba ouvir e conversar com os alunos de forma clara e transparente. Evite esconder situações ou informações. Se precisar comunicar mensagens mais sérias, busque conversar com empatia e respeito. Invista no diálogo construtivo e tente compreender o que estão sentindo.
É importante reforçar com os estudantes a importância e o papel da escola em suas vidas. Eles precisam compreender os motivos de ir à aula presencial e os benefícios que terão no dia a dia, por exemplo. Aqui, você pode evidenciar as coisas boas, como as brincadeiras, reencontrar os amigos, além de abordar o valor da aprendizagem para o futuro e a realização de sonhos.
Todos passaram por muitas mudanças durante a pandemia. Nesse sentido, criaram novos hábitos, gostos e mudaram suas formas de agir. Logo, ao identificar essas diferenças do “antes e depois”, respeite e tente compreender o que contribui para o bem-estar de cada um nesse momento de retorno ao presencial.
Entre as mudanças no comportamento dos alunos está a preocupação com adaptações de rotinas, horários e como cumprir as responsabilidades. Então, no seu planejamento pedagógico, atualize o cronograma para que não haja sobrecarga de atividades. Assim, as crianças e os jovens podem realizar suas atividades com mais calma. Lembre-se também que muitos alunos estão enfrentando problemas de aprendizado devido ao isolamento social imposto pela pandemia.
Percebeu sintomas de doenças mentais no comportamento dos alunos no retorno presencial? Então, não guarde essa informação com você, nem tente resolver o problema sozinho. Comunique os superiores para que conversem com os responsáveis e busquem atendimento profissional, com psicólogos e psiquiatras, por exemplo.
A saúde mental dos professores também precisa de cuidados. Para que estejam aptos a lidar com as mudanças no comportamento dos alunos no retorno presencial, listamos algumas dicas que contribuem para o seu bem-estar:
Agora, esperamos que as orientações listadas aqui ajudem você a lidar com o comportamento dos alunos no retorno presencial. Além disso, se precisar de mais conteúdos, confira nossa publicação sobre educação afetiva e traga as dicas para o seu dia a dia escolar.