Posted on setembro 14, 2022
by Ciranda
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O projeto de vida passou a ser um componente curricular obrigatório no Novo Ensino Médio, de acordo com a BNCC, mas é possível trabalhá-lo em qualquer idade; entenda mais a fundo o assunto e veja dicas de como aplicá-lo
Projeto de vida na escola: você sabe como tornar essa competência da BNCC (Base Nacional Comum Curricular) uma realidade no ensino?
Porque esse componente, inicialmente focado no desenvolvimento dos estudantes do ensino médio, contribui com o protagonismo e a formação individual em diversas etapas da vida.
Hoje, vamos mostrar como é possível trabalhar o projeto de vida na escola em sua sala de aula, independentemente da faixa etária dos estudantes. Siga com o conteúdo para aprender e implementar no seu planejamento.
Foi-se o tempo em que os estudantes recebiam somente conhecimentos básicos em sala de aula. Com a implementação da BNCC e suas competências, como o projeto de vida na escola, os indivíduos aprendem a compreender o mundo ao seu redor.
Logo, a competência do projeto de vida visa desenvolver os estudantes, estimulando questionamentos sobre o mundo, sua criticidade sobre assuntos gerais e promovendo o autoconhecimento.
Assim, os jovens ganham mais autonomia e se tornam protagonistas de seus processos de aprendizagem. Nesse caminho, cabe aos professores estimular tudo isso em sala de aula, colocando o projeto de vida em prática.
Dessa forma, é possível alcançar o principal objetivo desse componente da BNCC: formar pessoas com planos para o futuro baseados na realidade pessoal, social e profissional de cada um.
“Para formar esses jovens como sujeitos críticos, criativos, autônomos e responsáveis, cabe às escolas de Ensino Médio proporcionar experiências e processos que lhes garantam as aprendizagens necessárias para a leitura da realidade, o enfrentamento dos novos desafios da contemporaneidade (sociais, econômicos e ambientais) e a tomada de decisões éticas e fundamentadas. O mundo deve-lhes ser apresentado como campo aberto para investigação e intervenção quanto a seus aspectos políticos, sociais, produtivos, ambientais e culturais, de modo que se sintam estimulados a equacionar e resolver questões legadas pelas gerações anteriores – e que se refletem nos contextos atuais –, abrindo-se criativamente para o novo”.
Então, para tornar o projeto de vida na escola uma realidade no ensino, são necessárias atividades que valorizem os papéis sociais dos jovens, considerando-os mais que estudantes, formadores de um futuro.
Para isso, a qualificação dos processos é fundamental para que a construção de suas identidades e de seus projetos de vida sejam realizados. E isso já pode ser trabalhado desde a infância, não somente no ensino médio. Porque, como explicado neste conteúdo de práticas para implementação da BNCC, a escola é um espaço onde ocorrem muitas descobertas de vida, desde o início.
Logo, pensando no público do ensino fundamental, por exemplo, o projeto de vida na escola pode se basear em simulações de experiências que eles vão encarar na vida adulta, porém de forma lúdica. Atividades que tragam pontos da rotina de trabalho, ou encenações, brincadeiras e jogos contribuem com essa aplicação.
Já no ensino médio, a cognição e emoções dos estudantes estão mais evoluídas. Portanto, nessa fase, os professores podem estimular a escrita, o diálogo e a argumentação, com o intuito de promover a reflexão sobre a transição da vida infantil à adulta. Nesse cenário, é importante trabalhar atividades que cativem a empatia, pensamento crítico e ética.
Agora, vamos à prática! Chegou o momento de colocar o projeto de vida na escola em ação com seus estudantes. Para isso, listamos três dicas compartilhadas pelo Cer (Centro Sebrae de Referência em Educação Empreendedora) sobre como praticar o projeto de vida na escola. Essas iniciativas podem ser utilizadas com estudantes de todas as idades. Acompanhe!
Já falamos aqui no Blog da Ciranda de Livro como as metodologias ativas podem contribuir com seu plano pedagógico. E isso inclui a aplicação do projeto de vida na escola!
As metodologias ativas incentivam o protagonismo dos estudantes em sala de aula. Dessa forma, promove-se a busca pelo autoconhecimento e pela aprendizagem autônoma. Sendo assim, você pode, então, criar atividades baseadas na resolução de problemas, na construção de projetos, em gamificação, ou até mesmo em salas de aulas invertidas.
A BNCC também diz que o desenvolvimento de suas competências deve incentivar a participação ativa, crítica, criativa e responsável. Ou seja, ao criar o projeto de vida na escola, os estudantes continuam aprendendo, mas de modo flexível às condições futuras.
Pensando nisso, uma das atividades que promovem o plano de vida na escola são os debates. Isso porque a troca de experiências de forma respeitosa pode ampliar as visões de mundo dos estudantes, bem como engajar a participação e promover até mesmo o sentimento de identificação e pertencimento entre eles.
Então, aqui a dica é estimular debates construtivos sobre temas atuais. Para isso, você pode, por exemplo, utilizar o jornalismo na escola, trazendo notícias atuais para discussões entre os estudantes.
Para concluir, aqui vai uma última dica, porém não menos eficaz. Conectar o projeto de vida na escola com as disciplinas trabalhadas em sala de aula funciona como um suporte ao aprendizado e ao desenvolvimento dos estudantes. Dessa maneira, os professores conseguem aproximar essa competência da realidade de cada um.
O Cer sugere, por exemplo, que o projeto de vida pode aprimorar o ensino da geografia, quando aborda as diferenças sociais. Ou ainda explorar a matemática, quando falamos de assuntos próximos da vida dos estudantes, como inflação ou a economia, que inclusive estão em pauta no momento.
Por fim, esperamos que as orientações apresentadas aqui contribuam com as atualizações das suas estratégias ao atender à BNCC em todas as fases de aprendizagem. Continue acompanhando as tendências da educação no Blog da Ciranda de Livro!