Mentalidade de Crescimento: como promover isso entre estudantes e professores

Saiba como melhorar os resultados educacionais com uma mentalidade de crescimento no dia a dia de ensino. Existe um termo que surgiu no universo da educação e revolucionou resultados educacionais. Hoje, ele também é usado em outros contextos, inclusive no mundo corporativo. Sabe do que estamos falando? Se sua resposta foi “mentalidade de crescimento”, acertou! Mentalidade de crescimento é um conceito que define a forma como as pessoas acreditam em suas capacidades de realização e, assim, conseguem executar suas tarefas com êxito. E isso pode contribuir com muitos resultados educacionais. Pensando nisso, trouxemos algumas informações sobre o que é e como aplicar a mentalidade do crescimento no seu dia a dia na educação. Siga com a leitura e aprenda mais sobre este assunto tão em alta!

Para começar: o que é mentalidade de crescimento?

De acordo com publicação da BBC Brasil, a mentalidade de crescimento surgiu na década de 1980, como uma teoria relacionada à educação, desenvolvida pela psicóloga Carol Dweck. A princípio, ela queria compreender o que diferenciava os estudantes quando falhavam. E, assim, ela percebeu dois grupos: os que se recuperavam facilmente, e os que ficavam devastados e não seguiam em frente. Então, no princípio, o conceito de mentalidade de crescimento era uma referência aos fracassos de crianças inteligentes ao encararem desafios. A psicóloga Elaine Elliott-Moskwa, autora do livro “The Growth Mindset Workbook”, explicou em entrevista à publicação que, em alguns casos, as ideias dos indivíduos sobre suas capacidades os faziam fracassar, impactando os resultados educacionais. Ainda de acordo com Elliott-Moskwa, ao adotar a mentalidade de crescimento, as pessoas se livram de crenças autolimitantes que as impedem de atingir o seu potencial máximo. Com isso, pessoas que são talentosas e inteligentes o suficiente para superar o desafio imposto conseguem alcançar seus resultados esperados, inclusive os educacionais. Sendo assim, segundo a especialista, a mentalidade de crescimento é uma prática que possibilita aumentar a capacidade de desenvolvimento de atributos, uma vez que, com ela, o indivíduo entende que pode se adaptar ao contexto, aprender com os erros, e prosperar em seu objetivo. “A coisa mais importante a lembrar é que uma mentalidade construtiva pode ser aprendida e isso pode impactar positivamente a forma como você pensa, sente e age”, explica Elliott-Moskwa em seu livro.

Aplicando a mentalidade de crescimento nos resultados educacionais

Trouxemos algumas dicas para você desenvolver a mentalidade de crescimento na sua escola e, assim, alcançar melhores resultados educacionais. Isso porque esse conceito pode ser aplicado a favor do desenvolvimento da resiliência, da autoconfiança e de outros atributos essenciais para o processo de aprendizagem dos estudantes. Confira então os principais insights compartilhados pela própria Carol Dweck sobre a mentalidade de crescimento e como trazê-los para os seus resultados educacionais!

O poder do “ainda”

Para começar, Carol Dweck explica como usar o termo “ainda” em casos de reprovações de estudantes ou outras falhas pode impactar na forma como o indivíduo recebe esta mensagem. Porque, segundo a especialista, isso demonstra que a pessoa está em uma curva de aprendizado e que esta possível falha faz parte do processo. Ou seja, que ela ainda não conseguiu alcançar seu objetivo, mas deve seguir em frente, pois poderá alcançá-lo. Então, lembre-se disso em feedbacks que impactam os resultados educacionais.

Fuga da realidade

Em muitas situações de falhas, um comportamento comum pode ser o de fugir dessa realidade e evitar aceitá-la em vez de usar isso a favor de uma transformação. Portanto, cuidado com a mentalidade fixa neste sentido. Este termo se aplica às pessoas que, quando não alcançam seus objetivos, acreditam que não têm capacidade para isso e, assim, criam outras vias para resolver o problema (como trapaça, ou inferiorizar alguém, por exemplo). Logo, se perceber que o estudante não acredita ser bom o suficiente, incentive-o a enfrentar, e não a fugir do desafio, para que consiga superá-lo e, assim, alcançar o sentimento de conquista. Impulsione os estudantes a aprenderem com seus erros, corrigindo, não os driblando.

Necessidade de validação

Vivemos em uma sociedade em que muitos se preocupam com a validação dos outros. E isso impacta diretamente a rotina de vida, seja no trabalho, entre amigos, família etc. Logo, também reflete nos resultados educacionais. Isso porque muitos estudantes se preocupam com julgamentos que os impedem de desenvolver uma mentalidade de crescimento. Então, crie canais para incentivar os estudantes a se desenvolverem sem medo de validação, e elogie os esforços, estratégias e recompense a coragem ao tentar superar seus desafios. Lembre-se de recompensar e validar a energia empenhada em todo o processo, não o resultado final.

Igualdade

A dificuldade de aprendizagem pode ser diferente de um estudante para outro, e isso exige respeito e estratégias diferenciadas também. Todavia, ao aplicar a mentalidade de crescimento a favor dos resultados educacionais, é possível obter mais igualdade no processo de ensino. Isso porque, segundo Carol Dweck, estudantes de realidades e culturas diferentes conseguem alcançar o sucesso porque desenvolvem o senso de esforço e dificuldade. E, assim, desenvolvem conexões neurais que possibilitam alcançar os bons resultados independentemente dos contextos em que estão inseridos. Falando nisso, você sabe que é possível desenvolver a inclusão e diversidade por meio de um projeto literário? Esta atividade contribui com a forma como você promove a igualdade no ensino. Isso pode ser um importante aliado na prática da mentalidade de crescimento entre os estudantes. Gostou de aprender mais sobre a mentalidade de crescimento? Esperamos que essa prática beneficie seus resultados educacionais. Continue acompanhando o Blog da Ciranda de Livro para desenvolver o aprendizado com dicas que impactam na qualidade do ensino e na participação dos estudantes nas salas de aula. Até mais!