Posted on dezembro 10, 2020
by Ciranda
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Com a consolidação da educação híbrida, os modelos de ensino que colocam o aluno como autor de sua própria jornada de aprendizagem se tornam imprescindíveis; confira quais deles devem ganhar ainda mais destaque no próximo ano letivo.
Educador, você já tem preparado seu plano pedagógico para 2021? O ano de 2020 foi atípico, exigiu muitas mudanças neste planejamento. E o ano que está chegando traz consigo novos desafios.
Para superá-los e encarar os atuais modelos de ensino, é importante envolver cada vez mais os alunos nas experiências de aprendizagem. Desta forma, as metodologias ativas podem ser valiosas estratégias para enriquecer seu plano.
Ao iniciar o planejamento pedagógico neste novo normal, um importante fator a se considerar para o trabalho futuro é a consolidação da educação híbrida. Isso porque a união das atividades presenciais com o universo on-line tornou-se uma realidade mundial, devido à pandemia.
E, em outubro de 2020, o CNE (Conselho Nacional de Educação) aprovou a permissão para que o ensino remoto se estenda até o fim de 2021. Sendo assim, é importante elaborar um plano pedagógico que atenda ao “novo normal” dos anos letivos com criatividade, dinamismo e estratégias eficazes de aprendizagem.
“Com a pandemia, o ensino híbrido deixa de ser só uma tendência em crescimento, em ascensão, mas passa agora a ser uma solução em um cenário pandêmico e pós-pandêmico, em especial para todos os avanços que a gente tem em relação à transformação digital. Então, independentemente da pandemia, acho que o ensino já vem caminhando para este viés”, observou a professora Thuinie Daros, durante sua participação no evento on-line “Hibrida Experience”, da HUMUS Consultoria.
Para ter uma experiência bem-sucedida de ensino neste novo ano, os educadores devem ir além no desenvolvimento do plano pedagógico para 2021. Pois, mais do que ser um professor disruptivo em tempos de educação híbrida, a realidade exige um planejamento assertivo e conectado com esta nova experiência de aprendizagem.
Neste conteúdo, você encontrará informações sobre metodologias ativas que podem contribuir com o seu próximo ano letivo. São metodologias que ganham ainda mais destaque em 2021. Acompanhe!
Pensando no atual cenário, o plano pedagógico de 2021 pode ganhar muito com a aplicação de metodologias ativas neste planejamento.
Conforme os benefícios listados no artigo técnico “Metodologias Ativas de Aprendizagem na Educação Profissional e Tecnológica“, dos doutores Eduardo Fernandes Barbosa e Dácio Guimarães de Moura, este conceito traz muitas vantagens alinhadas aos desafios atuais.
Apesar de muitos educadores considerarem que o aluno está sempre “ativo” enquanto assiste à aula, muitos especialistas da ciência cognitiva já sugerem que a experiência do estudante deve ter mais envolvimento.
Logo, em um plano pedagógico com metodologias ativas, o aluno não só deve participar por meio da escrita, leitura, questionamentos e discussões, como também deve se ocupar com a resolução de problemas propostos pelo educador e ainda desenvolver projetos.
Assim, o estudante passa a realizar tarefas que desenvolvem a análise, síntese e avaliação do conteúdo aprendizado. E, com isso, é estimulado a construir seu conhecimento em vez de somente recebê-lo passivamente.
Mais que isso, o conceito de metodologias ativas propõe que alunos tenham maior assimilação de conteúdo, retenham informações por um período mais longo e ainda tenham mais satisfação e prazer ao participar das aulas.
Além de compreender os benefícios propostos pelas metodologias ativas, é importante também saber como inseri-las no planejamento pedagógico de 2021.
Aqui, listamos alguns exemplos de ações eficazes baseadas neste conceito. Elas visam agregar estas vantagens aos processos educativos focados nos desafios previstos para o ano que está chegando.
Conforme também lembrado no artigo técnico “Metodologias Ativas de Aprendizagem na Educação Profissional e Tecnológica”, a ideia de explorar problemas como forma de ensinar remonta à 500 a.C., por meio das técnicas de Confúcio. O filósofo costumava propor aos seguidores a reflexão de uma solução a partir do problema apresentado.
Logo, com o método de Aprendizagem Baseada em Problemas, são acrescentadas atividades que utilizem uma situação-problema para direcionar o aprendizado autodirigido no plano pedagógico.
Esta questão torna-se uma motivação para a construção de um ambiente de ensino colaborativo, pois pode engajar um grupo de alunos a buscar uma solução de forma conjunta.
Já a metodologia ativa de Aprendizagem Baseada em Projetos é um recurso usado desde o final do século 19 e início do século 20, conforme registros dos seus precursores, John Dewey e William H. Kilpatrick.
Aqui, o plano pedagógico contará com ações divididas entre as etapas de intenção, planejamento, execução e julgamento. E, quando o projeto é baseado em situações reais, que estejam dentro de um contexto e da vida atual, contribuem com a valorização do uso da informação na aprendizagem.
Os projetos podem ser construtivos, investigativos ou didáticos. Na modalidade construtiva, engaja-se a criação de algo novo e o pensamento voltado à inovação.
Já o investigativo remonta a ações baseadas em pesquisas. E os didáticos são mais explicativos, ou seja, focados nas respostas para questões propostas.
A metodologia ativa de gamificação tem sido muito abordada nos planejamentos pedagógico do ensino híbrido. Isso porque os jovens de hoje apresentam grande interesse nesta estratégia com atividades interativas e dinâmicas.
Ou seja, por meio da gamificação, eles aprendem “brincando” e absorvem o conteúdo com mais facilidade.
“O foco da gamificação é envolver emocionalmente o indivíduo dentro de uma gama de tarefas realizadas. Para isso, se utiliza de mecanismos provenientes de jogos que são percebidos pelos sujeitos como elementos prazerosos e desafiadores, favorecendo a criação de um ambiente propício ao engajamento do indivíduo”, explica Hugo Tourinho Filho, professor da EEFERP (Escola de Educação Física e Esporte de Ribeirão Preto), ao “Jornal da USP”, em matéria ao Portal Campo Grande News sobre gamificação no ensino superior.
Se você está alinhado com as demandas do ensino híbrido, deve conhecer a metodologia ativa de Sala de Aula Invertida. Esta estratégia tem feito a diferença em muitos planejamentos pedagógicos e pode ser bastante eficaz em 2021.
Neste conceito, os alunos são convidados a estudar previamente para as aulas e exploram estes conteúdos por meio da interatividade e discussões em grupo.
Assim, é proposta uma aprendizagem dinâmica e inovadora, tão buscada no plano pedagógico atual.
Neste cenário repleto de mudanças na educação, o desinteresse dos estudantes e a evasão escolar tem sido uma grande preocupação.
Segundo pesquisa divulgada pelo Conjuve (Conselho Nacional da Juventude), três a cada dez jovens consideraram não voltar à escola ou seguir com o ensino superior durante a pandemia, segundo matéria da BBC Brasil.
E, em entrevista ao veículo, a diretora e representante da Unesco no Brasil, Marlova Jovchelovitch Noleto, reforçou a importância do ensino híbrido neste cenário desafiador para a pedagogia e todos os setores.
“A ONU defende que a conectividade é um direito desde 2012 e a exclusão digital nos preocupa muito. As formas de ensino a distância vieram para ficar”, observou Marlova. Ela ainda reforça que a transformação educacional foi estimulada na pandemia.
“Vimos muitas soluções inovadoras na aprendizagem florescerem na crise, numa combinação do presencial com o digital. Por isso a importância de uma revisão dos sistemas, para que eles passem a ser mais flexíveis, equitativos e inclusivos”.
Sendo assim, aplicar as metodologias ativas no plano pedagógico de 2021 mantém planejamento alinhado com o futuro.
Entretanto, mais que conhecê-las, é importante também saber usá-las. Por isso, elas devem aplicadas junto aos recursos digitais disponíveis para os ambientes de aprendizagem híbridos.
De acordo com publicação “Metodologias Ativas e Modelos Híbridos na Educação“, do professor da USP (Universidade de São Paulo) José Moran, também pesquisador de Inovações na Educação, a educação on-line deve sair dos modelos chamados “conteudistas”.
Segundo Moran, ela deve incorporar a flexibilidade e compartilhamento das tecnologias digitais. E, em conjunto às metodologias de aprendizagem ativa, as inovações podem ajudar os alunos a desenvolverem suas competências cognitivas e socioemocionais.
Logo, cabe ao educador apresentar um plano pedagógico mais amplo e avançado, desenhando roteiros pessoais e grupais de aprendizagem e atuando como mediador nas atividades deste planejamento.
“As tecnologias digitais ajudam na tutoria digital de primeiro nível, monitorando as dificuldades mais previsíveis. Cabe aos especialistas a tutoria mais avançada, a de problematizar, ampliar significados, ajudar na construção de sínteses”, defende Moran na publicação.
Concluindo, é importante definir um plano pedagógico estratégico para 2021. Assim, os alunos não só manterão o interesse em aula, como serão despertados como cocriadores de seu conhecimento.
Hoje, a experiência do presencial aliada ao virtual tem ensinado muito sobre como remodelar planejamentos e manter a aprendizagem de forma híbrida. Neste cenário, as metodologias ativas tornam-se soluções de educação que instigam a otimização das atividades on-line.
Cabe a cada educador compreender as necessidades e capacidades de seus estudantes para, desta forma, propor melhorias e avançar na criação do plano pedagógico para surpreender os estudantes no ano que vem.
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