Como realizar uma boa avaliação diagnóstica

Ponto de partida dos professores nesta retomada das aulas presenciais, a avaliação diagnóstica ajuda a otimizar as estratégias pedagógicas e potencializar seus resultados; saiba como aplicá-la

A qualidade da aprendizagem tem sido uma grande preocupação da educação no novo normal. E os profissionais seguem criando estratégias pedagógicas para superar as dificuldades e manter a qualidade de ensino na pandemia.

Fugir do convencional e inovar é o que funciona neste cenário de retomada das aulas presenciais. Sendo assim, uma das práticas adotadas pelos educadores é a avaliação diagnóstica.

Esta técnica permite identificar uma série de fatores que envolvem a qualidade da aprendizagem. Isso porque a avaliação diagnóstica explora e obtém resultados muito além dos “erros e acertos”.

Desta forma, permite uma análise aprofundada sobre a produção intelectual do aluno, principalmente neste contexto de pandemia, em que exigiu-se muito da autonomia dos estudantes ao adquirir o conhecimento a distância.

Então, listamos aqui as principais informações sobre a avaliação diagnóstica para você entender melhor como ela contribui com os avanços escolares atuais.

Com ela, será possível encontrar os principais pontos de partida que devem ser trabalhados a partir de agora, nesta nova etapa de retorno das atividades.

Acompanhe a leitura e saiba mais sobre seu conceito e as vantagens que ela pode oferecer para as estratégias pedagógicas na educação do novo normal.

Avaliação diagnóstica: como aplicar em sala de aula?

Antes de qualquer começo, vamos entender melhor o que é a avaliação diagnóstica? Segundo definição compartilhada pelo portal Educa Brasil, esta é uma estratégia pedagógica e não punitiva que vai além das metodologias clássicas, baseadas nos erros e acertos dos alunos.

Portanto, na avaliação diagnóstica, cabe ao educador interpretar a produção intelectual do estudante. Para isso, o profissional precisa seguir estes passos:

  • Identificar qual a etapa do processo de construção do saber em que está inserido o estudante;
  • Reconhecer as ações pedagógicas necessárias para incentivar seu progresso;
  • E, em seguida, avaliar a qualidade da aprendizagem para, então, adequar as estratégias pedagógicas de acordo com os desafios de cada indivíduo.

Sendo assim, a avaliação diagnóstica posiciona-se como uma alternativa aos métodos tradicionais para esta retomada das aulas.

Vale lembrar que esta técnica entrou em uso na educação brasileira a partir dos anos 1990, com o declínio da repetência no ensino fundamental nas escolas públicas – progressão continuada.

Vantagens da avaliação diagnóstica na volta às aulas da pandemia

Esta estratégia pedagógica tem sido uma das principais escolhas das escolas na retomada das atividades presenciais neste cenário de pandemia. Isso porque ela permite uma análise aprofundada neste momento inédito do ensino brasileiro.

Quer um exemplo? Em matéria sobre os impactos da pandemia na educação, o portal “O Dia” fala sobre a realização da avaliação diagnóstica em escolas públicas de Niterói, no Rio de Janeiro.

Na publicação, o secretário municipal de educação, Vinicius Wu, observou que esta estratégia auxilia na criação de ações e projetos que serão desenvolvidos no decorrer dos próximos meses de 2021, pois permite a identificação exata dos impactos e do que ocorreu na aprendizagem dos estudantes.

“Este processo vai evitar que os efeitos da pandemia sejam ainda mais duradouros para o futuro dos nossos estudantes e, no médio prazo, contribuir para a melhoria da qualidade da educação de Niterói”, afirmou Wu na ocasião.

E este é só um dos diversos cases compartilhados sobre como esta estratégia pedagógica tem permitido superar os desafios da aprendizagem atuais.

E os desafios da aprendizagem continuam…

Seja com a avaliação diagnóstica ou outras estratégias pedagógicas, identificar os problemas e buscar soluções é fundamental para manter a qualidade do ensino na educação no novo normal.

Já abordamos aqui no blog da Ciranda de Livro, em conteúdo sobre os impactos da pandemia para crianças em idade de alfabetização, dados que comprovam essa necessidade.

Segundo pesquisa divulgada pela Agência Brasil, 51% das crianças mantiveram o estágio de aprendizado neste período no Brasil, sendo que 29% relatam não ter aprendido nenhum novo conteúdo e 22% responderam ter desaprendido o que já sabiam.

E sobre estes resultados, os próprios responsáveis dos estudantes da rede pública que participaram da entrevista confirmam a perda na aprendizagem. Antes, 86% deles classificavam o desempenho escolar de seus filhos como ótimo ou bom. Atualmente, o índice caiu para 59%.

Como observa o Instituto Unibanco, um dos principais desafios do momento atual é recuperar o ritmo e qualidade da aprendizagem após o longo período de atividades remotas.

Isso porque muitos estudantes, devido a vários fatores – desde a falta de conexão de internet até os estímulos para lidar com as atividades de forma autônoma – sequer acompanharam as atividades a distância.

Mas engana-se quem pensa que o ensino remoto foi ou ainda é o “vilão” desta história. Pelo contrário: a modalidade ainda pode contribuir e muito com a superação dos desafios da educação no novo normal.

Superando os desafios da educação no novo normal

Ainda no conteúdo compartilhado pelo Instituto Unibanco, a gestora do Centro de Mídias da Educação de São Paulo, Julci Rocha, observa que além da avaliação diagnóstica, a tecnologia pode ser uma importante aliada neste momento de retomada das aulas presenciais. Uma vez que as aulas foram realizadas em vídeo, elas podem ser acessadas novamente.

E, desta forma, o conteúdo pode ser retomado junto aos estudantes, de acordo com suas dificuldades de aprendizagem, por exemplo. Além disso, eles podem acessar aos conteúdos quando quiserem e de várias formas, do PC ao smartphone.

Entretanto, no cenário de retomada, vale a pena repensar as estratégias pedagógicas considerando também as diferenças de aprendizagem dos estudantes.

Então, uma maneira de realizar atividades presenciais após a avaliação diagnóstica é considerando certas divisões de grupos de estudantes, promovendo um revezamento de acordo com os resultados obtidos para, assim, agir em busca deste nivelamento do conhecimento.

Aqui no blog da Ciranda de Livros, nós já falamos sobre as dificuldades de aprendizagem no ensino híbrido e como superá-las. Você se lembra?

Na ocasião, trouxemos informações sobre como enfrentar em sala de aula as dificuldades na alfabetização. Esta é uma das fases mais desafiadoras da aprendizagem, e também sobre como lidar com a falta de participação dos alunos.

Esperamos que as informações compartilhadas aqui sobre a avaliação diagnóstica contribuam com o desenvolvimento das suas estratégias pedagógicas neste momento da educação no novo normal.

Continue acompanhando nossas publicações para se atualizar sobre as tendências e ações que contribuem com a evolução do ensino!

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