Posted on setembro 15, 2021
by Ciranda
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Entenda mais sobre o papel da educação inclusiva na sociedade e saiba por que é tão necessário falar sobre ela
Inclusão é a palavra que não pode faltar no vocabulário das escolas nos dias de hoje. Afinal, esta é uma importante ferramenta para transformação da sociedade.
Por meio da educação inclusiva, é possível trabalhar junto aos estudantes na criação de um futuro mais igualitário e humano.
Portanto, é importante que os educadores tenham este termo como norte das atividades pedagógicas, uma vez que este é um caminho para a transformação e criação da cidadania plena.
Mas ainda existem muitos desafios a serem superados quando o assunto é a educação inclusiva.
Logo, debater este tema é fundamental para proporcionar um ambiente de ensino mais acolhedor para alunos com necessidades especiais e também livre de preconceitos, principalmente contra alunos negros.
Já falamos sobre como melhor trabalhar o racismo em sala de aula nesta incrível matéria com o pesquisador Gabriel Marques.
Vale lembrar que este é um assunto em alta atualmente, principalmente após o anúncio do governo em defesa de salas de aulas separadas para alunos com necessidades especiais.
Para muitos educadores, isso pode ser um retrocesso na educação brasileira, uma vez que esta prática já não ocorre há muitos anos.
As polêmicas declarações do ministro da Educação Milton Ribeiro sobre classes especiais propõem a exclusão e pode interferir no processo de aprendizagem e formação social destes indivíduos.
Então, vamos falar sobre isso? Acompanhe nossas informações e mantenha-se atualizado sobre como trazer a educação inclusiva para dentro das salas de aula.
Não deixar ninguém para trás: é sobre isso que o termo educação inclusiva quer dizer, conforme explica a Unesco (Organização das Nações Unidas para a Educação, a Ciências e a Cultura).
Então, quando tratamos de educação inclusiva, estamos lidando com as atividades que acolhem alunos negros, com necessidades especiais, povos indígenas, entre outros grupos específicos da sociedade que muitas vezes são vítimas de preconceito e não têm acesso à educação.
A Unesco também enfatiza que a sua convenção relativa à luta contra a discriminação no campo do ensino, ainda nos anos 1960, já proibia qualquer exclusão ou limitação de oportunidades na educação de estudantes pelo seu sexo, origem étnico-racial, idioma, religião, origem social, condição econômica ou física, entre outros fatores.
Ainda que este tema já tenha evoluído bastante dentro das salas de aula, existem dados que comprovam a importância desta pauta não se apagar.
Você sabia, por exemplo, que 263 milhões de crianças e jovens (de 6 a 17 anos) ainda não frequentam a escola? E este é só um número, compartilhado no “Manual para garantir inclusão e equidade na educação”, também da Unesco, que reflete o quanto a educação inclusiva ainda está distante de muitos estudantes.
Aplicar as teorias da educação inclusiva na prática não é uma tarefa fácil. Inclusive, ela foi debatida por especialistas no seminário “Como colocar em prática a educação inclusiva?”, da Unicef com o Instituto Rodrigo Mendes.
E, na ocasião, os especialistas ressaltaram que, para a escola ser inclusiva, deve reconhecer que a aprendizagem é um processo singular. Logo, romper barreiras neste sentido é primordial.
Um exemplo citado são os índices relacionados aos alunos com necessidades especiais matriculados na educação brasileira. Do total, 48,15% apresenta distorção idade-série, desafio este que pode ser atribuído a fatores como dificuldade para realizar as matrículas, socialização, e até mesmo à infraestrutura e falta de recursos acessíveis para PCD (Pessoa Com Deficiência).
Não podemos também deixar de falar sobre a importância da inclusão racial. Isso porque, de acordo com dados do IBGE (Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística), compartilhados pelo Observatório de Educação, do Instituto Unibanco, os alunos negros representam 75,2% do grupo formado pelos 10% mais pobres do Brasil.
Sendo assim, a desigualdade social entre brancos e afrobrasileiros reflete nos indicadores da educação inclusiva.
E então, agora que conhecemos os fatos, vamos às soluções? A seguir, apresentamos 3 sugestões de atividades que podem contribuir com a superação destes desafios. Confira!
Conforme orienta a plataforma Diversa, o ponto de partida da educação inclusiva é conhecer bem o estudante, seus eixos de interesse e contextos sociais. Não existem receitas prontas, logo, o processo de aprendizagem exige criatividade e observação dos profissionais da educação, para que assim haja a atualização de habilidades e do plano pedagógico conforme as necessidades de cada aluno, de acordo com sua condição humana.
Existem muitos profissionais especializados em desenvolver atividades focadas na educação inclusiva, incluindo para alunos com necessidades especiais e alunos negros, por exemplo. Portanto, mantenha contato com quem possa “lhe ensinar a ensinar”. E hoje, graças ao acesso ao universo digital, já é possível ter em mãos muitos conteúdos compartilhados por estes profissionais na internet.
Políticas de bolsa e cotas específicas para negros, índios e portadores de necessidades são uma importante ferramenta de inclusão ao alcance dos colégios particulares. Mas vai muito além do que uma simples moda ou marketing, e sim, colocar em prática o que é trabalhado em sala, educando alunos e famílias. Sem contar os planos de contratação e processos seletivos de professores negros, também tão necessário e urgente.
Incluir alunos com necessidades especiais, negros, indígenas, e outros grupos específicos é trazer a realidade deles para dentro das salas. Para isso, você pode trabalhar de diversas formas: propondo debates, atividades de gamificação, ou até mesmo a criação de livros com estes temas.
Quer um exemplo? Nós, da Ciranda de Livro, costumamos sugerir o tema “Todos Somos Iguais”, que pode ser trabalho em sala de aula na criação de uma obra escrita pelos próprios estudantes.
Isso porque a educação inclusiva faz parte do nosso propósito de criar um mundo melhor a partir de uma plataforma educativa tecnológica.
Recentemente, colocamos a educação inclusiva em prática junto aos alunos da Associação Monte Castelo. Graças a essa parceria, crianças e adolescentes atendidos por este centro socioeducacional de Porto Feliz – SP tiveram a oportunidade de escrever um livro! E, assim, a educação inclusiva se fez realidade. Quer saber mais sobre nossas iniciativas? Acesse: www.cirandadelivro.com.br.