Férias escolares 2021 e as expectativas para o segundo semestre

É tempo de descansar, mas também de avaliar o primeiro semestre do ano já repensar estratégias

Assim como os estudantes, muitos profissionais de ensino estão descansando neste momento de férias escolares de julho. Este é o seu caso?

Pois não queremos atrapalhar este ótimo momento, pelo contrário! Trouxemos informações que vão ajudar você a se manter mais preparado para a volta às aulas, seja no ensino presencial, ou após as férias no ensino híbrido.

Afinal, a reabertura das escolas é uma discussão muito presente neste momento entre coordenadores, professores e os responsáveis dos alunos. Então, queremos contribuir com o diálogo com muitas dicas e orientações para que todos mantenham a segurança no retorno. Vamos lá?

Como deve ser a volta às aulas das férias escolares de julho?

Troca de escola? Abandono escolar? Quais os principais desafios que serão enfrentados na volta às aulas destas férias escolares? Se eles já faziam parte da realidade do ensino brasileiro antes da pandemia, agora estes dilemas são ainda mais intensos.

O Conselho Nacional da Juventude divulgou que o número de jovens que pensavam em desistir de estudar subiu de 28% para 43% após um ano de pandemia, como reflete Claudia Costin em artigo para a Folha de São Paulo.

Entre os fatores que justificam o abandono escolar estão os desafios do ensino híbrido. Isso porque, nesta modalidade de ensino, muitos estudantes têm dificuldades de aprendizagem. Além disso, alguns ainda não possuem a infraestrutura adequada para realizar as atividades, como bom acesso à internet ou ambientes tranquilos para as aulas virtuais.

Entretanto, a pandemia continua e o ensino híbrido também deve seguir fazendo parte da realidade das escolas após estas férias escolares de julho. Isso porque, mesmo com a retomada às aulas presenciais se intensificando à medida que a imunização da população avança, continua valendo a regra estabelecida pelo Conselho de Educação sobre a obrigatoriedade da oferta de aulas remotas até dezembro.

Outro ponto de atenção para a volta às aulas após o recesso é a troca de escola. Afinal, com a crise econômica, o bolso de muitas famílias sofreram impactos que refletem nas negociações de matrícula.

3 dicas para retenção de estudantes na rematrícula

Temos algumas dicas para compartilhar com gestores que enfrentam dificuldades na rematrícula após as férias escolares. São orientações compartilhadas por vários especialistas do setor, que contribuem com a retenção de estudantes. Confira:

• No Ensino Infantil, por exemplo, muitos pais estão inseguros sobre permitir que as crianças realizem atividades presenciais. Ou ainda têm dificuldades em acompanhar e contribuir com o aprendizado das atividades virtuais. Para isso, compartilhe informações que transmitam mais segurança aos responsáveis, bem como dicas de organização e comportamento que possam facilitar as atividades junto às crianças em casa;
• Defenda os diferenciais da sua escola em comparação às outras e como isso impacta na qualidade de aprendizagem dos estudantes. Este é o momento de justificar os investimentos em infraestrutura, inovação e na contratação de docentes com alta capacitação, e como isso trará retornos positivos para cada aluno;
• Saiba ouvir as razões que estão motivando a reflexão dos pais sobre a mudança de escola e mantenha-se aberto ao diálogo. Nesta conversa, é importante ressaltar que a instituição respeita as decisões e que está buscando a melhor solução para ambas as partes. Aqui, é importante manter a inteligência emocional e empatia.

As férias escolares acabaram? Temos sugestões para o retorno no “novo normal”!

Falando em volta às aulas após as férias escolares, devemos ressaltar a importância de manter a segurança dos estudantes e da equipe da escola neste retorno. Em nosso blog, já listamos uma série de cuidados para o caso das atividades presenciais. Vamos relembrar?

• Uma estratégia no caso de escolas que seguirem com o ensino híbrido é a de variar o início e o encerramento do dia escolar, bem como o cronograma de aulas e turnos, de acordo com as turmas;
• Escalonar o horário dos intervalos para as refeições também é uma boa ideia para o momento;
• Quando possível, realize as atividades presenciais em espaços ao ar livre;
• Redobre a atenção com as instalações de água e higiene, como os banheiros e refeitórios, por exemplo;
• Reforce também as orientações sobre distanciamento físico e práticas de limpeza com toda a equipe da escola e professores, para que sejam repassadas aos estudantes.

Para finalizar, não se esqueça da saúde mental de todos os envolvidos. Afinal, a insegurança em retornar às atividades presenciais ainda está muito presente entre estudantes e profissionais da educação. Logo, é importante criar canais de diálogo aberto entre todos, incluindo os pais.

E estas discussões também se aplicam ao ensino híbrido, uma vez que os índices de ansiedade e estresse entre estudantes é cada vez maior devido ao momento em que vivemos.

Não se esqueça da revisão do planejamento pedagógico!

Além disso, vale a pena reforçar com os professores a revisão e atualização do planejamento pedagógico após as férias escolares, caso seja necessário.

Também já apresentamos por aqui muitas dicas para realizar esta tarefa no “novo normal” em nosso blog, assim como seis passos para realizar o planejamento, que são:

1. Fazer análise vertical e horizontal dos conteúdos;
2. Estabelecer o mínimo necessário em cada disciplina;
3. Incluir as habilidades e competências nos componentes curriculares;
4. Definir habilidades socioemocionais (de acordo com a BNCC);
5. Desenvolver Projetos Multi, Inter e Transdisciplinares;
6. Oferecer, na medida do possível, cursos extracurriculares de interesse de sua comunidade escolar.

Gostou do nosso conteúdo? Esperamos que ele contribua com a segurança e eficiência do retorno após estas férias escolares de 2021. Siga acompanhando nossas publicações para se manter atualizado sobre as tendências e dicas que fortalecem a aprendizagem!