Olhar inclusivo: Dificuldades da Síndrome de Down no desenvolvimento cognitivo e os principais autores

Síndrome de Down e o desenvolvimento cognitivo 

Conheça mais sobre este importante tema e expanda suas ações sobre inclusão escolar no dia a dia.  A inclusão escolar é uma das prioridades da Ciranda de Livro. Por isso, não poderíamos deixar que falar sobre a Síndrome de Down na escola.  Pois, infelizmente, muitas pessoas ainda associam a Síndrome de Down a uma doença. Porém, na verdade, esta é uma condição ocasionada pela presença de três cromossomos 21 em todas ou na maioria das células de uma pessoa.  E ainda há muito preconceito sobre a Síndrome de Down dentro e fora das salas de aula. Isso impacta diretamente a vida e qualidade de aprendizagem das pessoas na escola.  Então, para combater a desinformação e proporcionar um ambiente de ensino mais inclusivo, apresentamos autores e outros dados sobre Síndrome de Down na escola que vão contribuir com a inclusão no seu dia a dia. Confira! 

O que é Síndrome de Down? 

Para começar, vamos aos dados científicos e desmistificar o que é a Síndrome de Down. De acordo com o portal Movimento Down, esta é a ocorrência genética mais comum do mundo, sendo identificada em um a cada 700 nascimentos.  A Síndrome de Down acontece durante a fecundação, quando o óvulo feminino ou o espermatozoide masculino apresentam 24 cromossomos em vez de 23. Então, a célula embrionária somará 47 cromossomos, e esse cromossomo extra aparecerá no par de número 21.  Vale ressaltar que pessoas com Síndrome de Down não são doentes, pelo contrário, possuem capacidades de se desenvolver e realizarem muitas coisas com autonomia, inclusive nos estudos. É por isso que falar de Síndrome de Down e inclusão escolar é tão importante. Porque, embora tenham características próprias e, em alguns casos, até uma maior incidência de doenças, as pessoas com Síndrome de Down são aptas a ocuparem os lugares que quiserem na sociedade. 

10 coisas que todo mundo precisa saber sobre Síndrome de Down 

Confira as informações compartilhadas pelo Movimento Down em cartilha para conscientização sobre a Síndrome. Para conferir o conteúdo completo, basta fazer o download aqui. 

1. Síndrome de Down não é doença.
2. Pessoas com Síndrome de Down não são todas iguais.
3. E pessoas com Síndrome de Down não têm deficiência intelectual.
4. As pessoas têm Síndrome de Down, não são portadoras.
5. A pessoa é um indivíduo, não uma deficiência.
6. Pessoas com Síndrome de Down têm opinião.
7. Além disso, pessoas com Síndrome de Down não devem ser tratadas como “coitadas”.
8. No mundo, não existem pessoas “normais” e “anormais”.
9. Existem direitos constitucionais à inclusão e cidadania que devem ser cumpridos.
10. A terminologia é importante e deve ser realizada corretamente ao referir-se às pessoas com Síndrome de Down, sem preconceitos, esteriótipos, para a promoção da igualdade.

 

Qual a relação da Síndrome de Down e o desenvolvimento cognitivo? 

Agora, vamos falar sobre a realidade das pessoas com Síndrome de Down na escola. De acordo com informações do Instituto Neurosaber, muitos estudantes nestas condições podem ter alguma deficiência intelectual, o que dificultaria o processo de aprendizagem. As questões podem vir associadas de desafios na questão da linguagem, do raciocínio lógico, na memorização ou em questões que impactem na socialização.  Todavia, isso pode ser superado por meio de várias estratégias de ensino. Uma delas é a educação personalizada, que nós já ensinamos a implementar aqui no Blog da Ciranda de Livro. Porque a educação personalizada é uma forma de proporcionar a aprendizagem baseada nas características de cada estudante.  Sendo assim, é focada no desenvolvimento individual, respeitando as limitações, características, bagagens e contextos sociais de cada estudante. Portanto, as estratégias de educação personalizada são aliadas de quem quer incluir as pessoas com Síndrome de Down na escola.  Além disso, o Instituto Neurosaber compartilhou dicas e práticas de inclusão de estudantes com Síndrome de Down. Para a alfabetização, por exemplo, é sugerida estratégias que trabalhem com palavras completas, como o método global, em vez do método fônico. Já para o momento da escrita, indica-se lápis que sejam mais grossos, ou que tenham adaptadores para os dedos, que contribuem com estudantes com Síndrome de Down que tenham hipotonia muscular, uma condição que dificulta a coordenação motora fina.  No ensino da matemática, o Instituto Neurosaber compartilha a dica de utilizar apoios visuais e materiais concretos, pois esta disciplina exige maior capacidade de abstração e raciocínio lógico. Portanto, estes elementos ajudam na contextualização e compreensão dos conteúdos nestes casos.   

3 autores com Síndrome de Down para você conhecer 

Além de priorizar a inclusão escolar, na Ciranda de Livro nós acreditamos que todos podem se tornar grandes escritores. Então, listamos obras de autores com Síndrome de Down, apresentados pelo portal Movimento Down, para te inspirar também. Conheça! 

1. “Mude seu falar que eu mudo meu ouvir” 

Este livro é o primeiro sobre acessibilidade e comunicação a respeito de Síndrome de Down e foi escrito por pessoas com a síndrome, com apoio da Associação Carpe Diem. 

2. “Liane, Mulher como Todas” 

A obra autobiográfica de Liane Collares conta como esta grande personalidade com Síndrome de Down superou desafios no esporte e tornou-se um exemplo na inclusão brasileira. 

3. “Água de Algodão e Ventos Mergulhantes” 

Esta obra poética foi lançada por Romeu Santos, um jovem paraense talentoso que emociona pelas palavras.  Seguimos compartilhando no Blog da Ciranda de Livro conteúdos sobre Educação Inclusiva que refletem em um futuro mais igualitário e humano. Afinal, não se pode deixar “ninguém para trás”.  Então, quando tratamos de inclusão escolar, promovemos atividades que acolhem alunos negros, com necessidades especiais, povos indígenas, entre outros grupos específicos da sociedade que muitas vezes são vítimas de preconceito e não têm acesso à educação. Portanto, esperamos que nossas informações contribuam com a transformação que você promove dentro e fora das salas de aula. Até mais!