Ciranda de Livro entrevista Célia Godoy

 Confira os melhores momentos do encontro com a professora que é referência na educação brasileira.   “Educar não é só ensinar contas, não é só ensinar sobre rios e afluentes. Educar é educar para a vida, para esse lugar que estamos vivendo”. Sabe quem disse isso?  Essa frase inspiradora é da professora Célia Godoy, uma grande parceira da Ciranda de Livro, que nos concebeu uma entrevista exclusiva. O bate-papo está imperdível, pois traz diversos ensinamentos obtidos em sua trajetória profissional.  Célia é uma das pedagogas especiais que cruzaram com a história da Ciranda de Livro. E ela carrega consigo uma paixão em comum: transformar a vida das pessoas. Por isso, compartilhamos aqui no Blog os melhores momentos deste encontro, para você aprender mais com esta professora que é referência nacional. Confira!   

Conheça a professora Célia Godoy 

Mais do que uma grande referência na educação brasileira, Célia Godoy é uma pessoa que conseguiu transformar seu grande sonho em realidade: tornar-se professora. Desde então, a pedagoga passou a vida dedicando-se à docência, e hoje também acumula em seu currículo uma vasta experiência como palestrante, é doutora em Educação, mestre em Psicologia Social, assessora educacional, consultora em análise comportamental, professional & self coach.  Com emoção, ela se lembra do primeiro momento em que entrou em uma sala de aula, ambiente que prefere chamar de “solo sagrado”. Para mim a sala de aula é esse espaço, é esse lugar onde os corações se entrelaçam, as ideias se proliferam e, acima de tudo, um lugar de gente!”.  Entre os diversos momentos marcantes que compõem a sua trajetória como professora, Célia destaca um projeto realizado junto a uma comunidade de famílias carentes que precisavam de mais infraestrutura, principalmente em relação a um rio que passava pelo local e prejudicava a qualidade de vida da população. Célia buscou um vereador e conseguiu que o poder público atuasse a favor dessa comunidade. “Tínhamos que criar algo que pudesse trazer as famílias para a escola e havia assim muitas dificuldades ali. Havia famílias que não tinham chuveiro, que não tinham alimentos, e havia um rio próximo, onde jogavam de tudo: sofá, materiais velhos… Então, precisava haver uma conscientização. Esse foi o maior projeto da história da minha vida, foi maravilhoso e fizemos várias ações”.   

O papel da coordenação pedagógica 

Um dos pontos de maior destaque no trabalho de Célia Godoy são suas orientações para melhorias na atuação das coordenações pedagógicas. Ela é referência na área e tem compartilhado sua experiência baseada na carreira e também em embasamento científico. “Com diários de bordo para os sujeitos da pesquisa, eu pude descobrir que não havia de fato uma identidade social [do coordenador pedagógico]. O coordenador pedagógico faz de tudo um pouco, sendo que coordenar é colocar em ordem pensamentos, ideias e ações”, explica a professora.  Esses são alguns dos ensinamentos compartilhados no livro “Gestão Escolar: Resultados e Perenidade”, bem como em outras obras publicadas e em palestras. Célia ainda defende que o papel da coordenação pedagógica é mediar o projeto político-pedagógico (PPP) e a praxis docente. E que essa consonância entre ambos reflete em um salto qualitativo na questão do processo de ensino e aprendizagem.  Outro ponto destacado por Célia sobre as competências de coordenadores pedagógicos é sobre a atenção dos profissionais ao ESG (Environmental, Social and Governance, ou seja, práticas voltadas ao meio ambiente, responsabilidade social e governança). “Eu diria que mais do que uma tendência, isso é uma necessidade porque a escola não faz parte da sociedade, ela é a sociedade. Ela carrega as nuances, as perspectivas, os medos da própria sociedade. Não é modismo, é um compromisso ético”. E ela traz uma importante dica, principalmente para a época de rematrícula. “Coloquem na entrada da escola o ser humano que querem formar, porque estas palavras, ligadas e vinculadas a sentimentos, valores e habilidades, é que irão direcionar toda ação da escola”, observa a pedagoga. Segundo Célia, este é um caminho fundamental para que, no futuro, os estudantes tornem-se protagonistas dos processos de aprendizagem.  “O protagonismo, para mim, é uma grande escuta, é dar voz, é dar importância, é perceber as nuances que esse ‘menino’ tem em relação ao mundo, à vida, às dificuldades, às diversidade e à sua própria história. É lindo quando você vê a Ciranda, por exemplo, construir um livro com esse trabalho que eu verdadeiramente me apaixonei, porque eu sinto que existe uma verdade, que existe uma possibilidade de fazermos a diferença”, completa a especialista, declarando sua admiração à Ciranda de Livro.   

Inspirando a transformação 

Célia destaca a importância da Educação como ferramenta transformadora de pessoas, seguindo os ensinamentos de Paulo Freire. “O professor ele acende a chama do amor, da paixão, do afeto, das possibilidades. E a sala de aula é este espaço onde os ‘meninos’ precisam estar juntos, não apenas recebendo conteúdo de cima para baixo”.  Para ela, essa transformação é possível com a plataforma pedagógica Ciranda de Livro. “A diferença é que a Ciranda de Livro traz, além do processo de inovação, de transformação, um grande diferencial para a escola. Qual dos pais não tem um sonho para os seus filhos? Quando os pais percebem a intencionalidade educativa das ações que a escola vem realizando, sendo que uma delas é de tornar o seu filho um grande protagonista, um ‘menino’ que se torna autor, isto é um grande diferencial”. Ela ainda cita como grande exemplo de integração da família e escola os eventos de autógrafo, que contribuem com a conclusão desse processo transformador.  A professora se posiciona a favor do uso das tecnologias em sala de aula, principalmente como ferramenta para estimular a criatividade e o envolvimento dos estudantes. Mas traz pontos de atenção para que isso ocorra de forma produtiva e gere benefícios para o desenvolvimento da autonomia dos estudantes. “É sempre uma aliança interessante, desde que haja cuidado, desde que o professor não esqueça jamais de o aprendizado ser constituído por meio da experiência. A Ciranda de Livro é esta oportunidade em que o ‘menino’ vai expressar as coisas que sente, vai dar voz a sua palavra e vai mostrar para a humanidade como é importante pensar sobre algo para deixar um legado. Autonomia é, por exemplo, escrever um livro, é uma conquista, é um processo de libertação, é gerado pela autonomia de pensar, de registrar e, principalmente, de aliar a escrita aos mecanismos de arte”, conclui.  Não deixe de conferir a entrevista completa com Célia Godoy em nosso canal no Youtube. Por lá, você ainda tem acesso a muitos outros conteúdos que podem contribuir com seu dia a dia na educação. E se quiser saber mais sobre a Ciranda de Livro, acesse: www.cirandadelivro.com.br. 

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